segunda-feira, 29 de abril de 2013

O convite é para você!

Você está fatigado.

Você está cansado.

Cansado de ser golpeado pelas ondas dos sonhos desfeitos.

Cansado de ser pisoteado e ultrapassado na infindável maratona rumo ao topo.

Cansado de confiar em alguém, e ter como resposta esta confiança devolvida em um envelope sem o endereço do remetente.

Cansado de contemplar um futuro repleto de dificuldades.

O que é que rouba o nosso zelo de infância?…

É este cansaço que torna as palavras do Carpinteiro tão empolgantes. Ouça-as. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”.

Vinde a mim… Somos convidados a ir a Ele. Por que a Ele?

Ele oferece este convite como um mestre sem recursos financeiros em uma nação oprimida. Não tem qualquer relacionamento com as autoridades em Roma. Não escreveu um “best-seller”, e também não tem diploma.

Contudo, ousa olhar direta e profundamente para a face rústica dos fazendeiros e das donas de casa, e oferece repouso. Olha para os olhos de um atendente de bar desiludido, e faz esta promessa paradoxal: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma”.

O povo veio a Jesus. Vieram dos locais que frequentavam e dos complexos de escritórios da época, e Cristo não lhes deu religião, nem doutrina, nem sistemas, mas descanso.

Como resultado, chamaram-lhe de Senhor.

Como resultado, chamaram-lhe de Salvador.

Nem tanto por aquilo que disse, porém mais por aquilo que fez. Por aquilo que realizou em uma cruz durante seis horas, em uma sexta-feira. (Extraído da obra Six Hours One Friday, de Max Lucado
 
para_voce

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amigos que não gostam de conversar

A carta terminava assim: “Afinal de contas, parece mesmo que meu caso não tem solução. Sei que a oração me ajudaria a resolver o problema, mas não tenho vontade de orar. O pior de tudo é que quando oro, acabo tudo o que tinha para dizer em dois minutos. Dá a impressão de que minha oração não passa do teto”.
 
Já sentiu algo parecido alguma vez? A verdade é que, em todos estes anos trabalhando com jovens, descobri que o problema do jovem não é o fato de não saber que precisa orar. Todo mundo sabe que é necessário orar, e que a oração é o alimento da nova natureza. Todo sabem que o poder bem através da oração. A angústia do jovem está expressa na carta que registrei acima: “Pastor, não tenho vontade de orar”.

É preciso entender, em primeiro lugar, em que consiste a oração. “Orar”, disse Ellen White, “é o ato de abrir o coração a Deus como a um amigo”. Segundo esta declaração, orar nada mais é do que conversar com um amigo. E amigos gostam de conversar. É o que eles mais fazem. Se alguém não tem vontade de conversar com sue amigo, alguma coisa está errada.

Alguma barreira foi criada. A amizade está abalada e a solução não consiste em ler livros ou ouvir sermões que mostrem o dever de conversar com um amigo. É preciso que lhes ensinem como o resolver o problema com o amigo. Ele precisa de ajuda para que a amizade torne a ser como antes. Uma vez que o problema tenha sido resolvido, o diálogo com o amigo virá espontaneamente.

Em segundo lugar, é necessário saber que uma conversação entre amigos deve estar baseada na sinceridade. Num relacionamento de amigos verdadeiros não há lugar para fingimento ou hipocrisia. Cristo nos ama e o que Ele espera em nosso relacionamento é acima de tudo, sinceridade. É isso que Ele disse no Sermão do Monte. “Quando orarem, não sejam como os fingidos… não fiquem recitando sempre a mesma oração”.

Temos quase de cor uma oração para as manhãs e outra para as noites. Sempre o mesmo assunto. Podemos estar sem a mínima vontade de orar, mas nos ajoelhamos por disciplina e repetimos a oração costumeira, que geralmente não dura mais de dois minutos. E ao deitarmos, experimentamos a estranha sensação de que a nossa oração não passou do teto.

Por que não encarar a oração como a maravilhosa experiência de conversar com Jesus Cristo, em lugar de considera-la o nosso dever de cada dia?

O dia em que descobrirmos a alegria de falar assim com Deus, teremos descoberto o segredo de uma vida poderosa. Isso é andar com Deus.
 
boca-fechada[1]

terça-feira, 2 de abril de 2013

Mudança radical

“Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados” (Salmo 6:2). A oração da Davi é o clamor de um homem que conheceu a dor, o peso e a angústia da culpa. O pecado não compensa. Um minuto de alegria tem atrás de si horas e horas de desespero e solidão. Adão e Eva foram atraídos por uma experiência nova e fascinante, mas com tristeza tiveram que abandonar o Jardim e ver mais tarde um filho tirando a vida do outro. Esaú não pensou duas vezes para tomar o prato de lentilhas e depois teve que chorar em desespero: “Pai, não tens outra bênção para mim?” Davi, olhou para a mulher do vizinho, deixou-se arrastar pelas paixões humanas, viveu seu momento de aventura e quanto o prazer da novidade acabou, confrontou-se com a triste realidade de uma consciência intranquila.
 
Justamente por conhecer o outro lado do pecado, o salmista clama: “Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco. Sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.”

“Sou fraco”. Esta é a triste realidade humana desde a queda de nossos primeiros pais. Hoje, a raça humana carrega sobre si a natureza pecaminosa. “Em pecado me concebeu a minha mãe”, diz Davi na oração de arrependimento do Salmo 51.

Com esta natureza, nascemos separados de Deus e o que mais gostamos é de viver longe de Deus. Sem Deus, passamos a ser pobres escravos de nossas paixões e apetites. Machucamo-nos ao deixar-nos levar por eles, mas nem por isso emendamos o rumo. Podemos tentar uma vez e outra. Podemos fazer promessa após promessa, decisão após decisão, mas voltamos sempre ao ponto de partida até um dia entender que em nós não existe bem nenhum.

“Tem compaixão de mim, que sou fraco”, clamamos e ao fazermos assim damos a Deus a oportunidade de operar o milagre da transformação, o transplante de coração. Ele implanta em nós a natureza divina (II Pedro 1:4) e pela primeira vez aparecem os frutos espirituais de maneira natural em nossa vida.

Davi foi conhecido nos últimos anos de sua vida como o varão conforme o coração de Deus. Quer dizer que existe esperança para o homem que um dia caiu nas profundezas do abismo. Quer dizer que nem tudo está perdido. Quer dizer que embora nossas promessas nunca tenham sido cumpridas existe saída para a alma na encruzilhada da morte. É só clamar: “Tem compaixão de mim, que sou fraco”. É só reconhecer que Ele é tudo em nós e ao reconhecer este fato, busca-Lo cada dia e viver com Ele uma vida de comunhão ininterrupta, permitindo que Seu Espírito santifique nossa vontade enfraquecida, e nos guie às obras maravilhosas da vitória. 
 
nova_vida